Li Emi Ali Emília

Sitio do Picapau Amarelo

Emília está aprendendo a falar
Ela se atrapalha e não consegue pronunciar
E, além do mais, ela inventa muita história
É tagarela a bonequinha
Faz de conta e tem memória
Das palavras que inventa
Ela mesma acha importante
E só ficou assim
Porque tomou a pílula falante!
Ela conta a história de polvo que se aproximou e a atacou
Ficando muito brava ela quis lutar
O polvo que, com tantos outros braços, ele a apertou
Como era de pano, ela tentava se esquivar dos tentáculos
Que via se movimentar e apertava, apertava, apertava

E, aí?
Se liga no sítio, mano!
Como é que pode alguém ser feito
De pano?
Que rima com filha, com lentilha e com baunilha
É a boneca emília
Se lagá no litiô sinomá
Asesaé canebo foi quetá feinô depá
Que rima com filha, com lentilha e com baunilha

Muito assustada, boneca apavorada desmaiou
Deixando todo mundo sem saber o que rolou
Foi aí que o Dr. Cara de coruja resolveu, medicou
Emília, então, acordou falando sem parar
Do sonho ou da história que inventou ou contou
Só que desse jeito ninguém entende nada
Falando assim errado é melhor parar
Ela gosta de falar, ela gosta de contar histórias
E também gosta de mandar
Tio Barnabé, Tia Anastácia e o Visconde
O Saci, que vem lá não sei de onde
Ficam desorientados com a pequena atrevida
Brincando de esconde-esconde
Encara todo mundo, qualquer ser humano
Mesmo sendo uma bonequinha de pano

Li emi ali Emília
Boneca inteligente
Que pensa como a gente
Li emi ali Emília
É todinha de pano
Não entra pelo cano
Eu não me engano
É emília e ela quer falar!

Segue rima no sítio da vovó
Dona benta não aguenta
Em sua cabeça dá um nó
A boneca exigiu não ficar só
E casou com um porquinho que se chama rabicó
Pedrinho e narizinho concordam com a morada da boneca
Que agora é Marquesa
E com três estrelinhas de condessa
Com certeza, o sítio é sua realeza

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