Trago alentejo na voz Do cantar da minha gente Ai rios de todos nós Que te perdes na corrente Ai planícies sonhadas Ai sentir de olivais Ai ventos na madrugada Que me transcendem demais
Amigos, amigos Papoilas no trigo Só lá eu as tenho E de braço dado contigo a meu lado É de lá que eu venho E de braço dado Cantando ao amor Guardamos o gado, papoilas em flor, Que o vento num brado Refresca o calor E de braço dado, contigo a meu lado Cantamos o amor
Ai rebanhos de saudades Que deixei naqueles montes Ai pastores de ansiedade Bebendo água nas fontes Ai sede das tardes quentes Ai lembrança que me alcança Ai terra prenhe de gente Nos olhos duma criança