Existem mãos que falam
De lágrimas e de dor
Existem mãos que sabem
A música do amor
Mãos divinais que dizem
No teclado de marfim
Uma história sublime
Mais ou menos assim
Era uma vez dois corações abandonados
Na solidão celestial do paraíso
Dois corações que eram dois monges desolados
Pedindo aos céus
O lenitivo de um sorriso
Logo satã, uma serpente venenosa
Lhes revelou um mundo alegre e multicor
E desde então a vida é menos dolorosa
Porque nasceu, maior que Deus, o amor
Mãos divinais que dizem
No teclado de marfim
Toda essa história sublime
Que eu vos disse enfim