Na Guanabara um barco a vela navegava
Dentro de um raio de luar franjado em prata
Num bandolim lá no barquinho alguém tocava
A mais sublime e deliciosa serenata, serenata
Segui o barco em outro barco para ver
Quem manejava o bandolim com tanto ardor
E uma sereia oiço cantando assim dizer
Onde estará meu grande amor
Meu bandolim leva tua voz
Ao coração que não me quer
Chama o cruel de atroz
Vê quem te pede é uma mulher
Diz-lhe que o amo que o adoro
Tu que conheces o meu padecer
Vai com tua voz, meu bandolim
Ao meu amor falar por mim
Porque sem ele eu vou morrer
De meu barquinho respondi
Igual a ti eu vivo em solidão
E ela de lá me respondeu
Que o teu amor é igual ao meu
Te entrego inteiro o coração