Há um chuvisco na chapada Em toda mata um cochicho em cê-agá Chuá-chuá na queda d'água Em me espicho e fico quieta Nada me falta O véu de noiva de água virgem Me elevou, envolveu A sua ducha me deu vertigem Arrepio, rodopio, em mim Seu jorro não tem mais fim E nesse êxtase me deixo Não sei quem sou Estou no meio do arco-íris E saboreio elixires de amaralis Na cachoeira enxurrada O véu da chuva desceu No vento nuvem No céu desaba Chapinhante Espumante Champagne Chapada dos Guimarães