Por uma fração de instante
Tudo ao redor era fluído
O etéreo abraço quântico estrelado
Salpicava água nas pétalas murchas
Pra ver se o milagre era sonho
Se as palavras escolhidas a dedo
Eram tão confusas quanto o improviso
Teu sorriso gritava tanto
Eu nem percebi que tava tão alto
Lembrei dos tempos em que o mar
Era nossa segunda casa
Bastava a terra, nós
E a sensação de deriva
Para que ficasse pequeno
Aquilo que não era sonho
Para que se soubesse
Que não existem lados
Ou seria tarde?
Hoje é quando?
Passa o tempo sem você
Me dissolvo em solidão
Me destruo sem razão de ser
Mais que o tempo sem você
Mais que um muro de ilusão
Mais que tudo sem razão de ser
Passa o tempo sem você
Me dissolvo em solidão
Me destruo sem razão de ser
Pra florescer em meio as cinzas
Andar e ser
Maior que a sombra e o poço
E ver com a fé
A dor ensina, a dor ensina, meu bem
Foi tão difícil entender
Que a dor ensina
Mais rápido que os livros
Ou a fé
Mais um café e virou rotina
Não há de ser
Nada há de ser
Pra florescer em meio as cinzas
Andar e ser
Maior que a sombra e o poço
E ver com a fé
A dor ensina, a dor ensina, meu bem
Olhos de Horizonte
Em rosto de seda
Todos os grãos de areia
Em um só pé
O outro levanta e aceita o vento
O pescoço gira e conhece tudo
Receitas carecem porções
Pequenos trajetos em grandes balões
Surya de todas as auroras e crepúsculos
São fios de terra teus músculos
Maya