Nas senzalas, o mesmo grito
Nas gandaias, o mesmo risco
Nas baganas, o mesmo vício
Nas cabanas, a mesma solidão
Nas cidades, os pelourinhos
Na maldade, os descaminhos
Na bondade, milhões de espinhos
Na verdade, a mesma escravidão
Olha o preto e o branco, aflitos
E o bagaço de cana, no litro
Faz a farra, hei yei yei
Tem chicote na feira, chibata
Jerimum, capoeira, escapará
Das amarras hei, yei yei
Nas semanas, se despenteia
No domingo, maracaneia
E os amigos, sugam-lhe as veias
E as mulheres arrajam confusão
O futuro, a Deus pertence
No escuro, oro sem pressa
Que a verdade, se desconhece
Quem mais erra, se enche de razão
Olha o preto e o branco, aflitos
E o bagaço de cana no, litro
Faz a farra, hei yei yei
Tem chicote na feira, chibata
Jerimum, capoeira, escapará
Das amarras hei, yei yei
Nas semanas, nas baganas
No domingo, nas gandaias
Nas senzalas, nos domingos
Nas senzalas, no domingo
Nas baganas, no domingo