Foi você mesma
Quem pediu pra dar um tempo
Que era tanto contratempo
Que já tava agoniada, aperreada, sufocada
E não queria ser mais minha namorada
Eu não podia fazer nada, todo mundo viu
Você mesma quem saiu pela calçada
Mala e cuia pendurada
Carreira desembestada pra parada
Apanhar o ônibus das sete
Corri atrás com meu Chevette, mas deu prego
E eu segui cego sem você, cego!
E eu segui cego sem você, eu segui cego!
Fodeu meu ego
E toda vez que eu me apego
Quanto mais eu me entrego
Mais me esfrego na carniça
Tanta preguiça, tanto choro, tanto drama
Vendo que tu não me ama
Foi foda pra eu me amar
Mas fui me armando
Me despindo, me trocando
Me sentindo, me soltando
Varrendo, arrumando a casa
Mexendo a ponta da asa
Mostrando que eu tô esperto
Deixando o portão aberto
Para quem quiser entrar
Fodeu meu ego
E toda vez que eu me apego
Quanto mais eu me entrego
Mais me esfrego na carniça
Tanta preguiça, tanto choro, tanto drama
Vendo que tu não me ama
Foi foda pra eu me amar
Mas fui me armando
Me despindo, me trocando
Me sentindo, me soltando
Varrendo, arrumando a casa
Mexendo a ponta da asa
Mostrando que eu tô esperto
Deixando o portão aberto
Para quem quiser entrar
Para quem quiser entrar
Para quem quiser entrar
Para quem
E vem você com essa cara lisa
De quem se arrependeu
Se perdeu na vida
Se perdeu, já era, já era
Já te quis, não quero mais!
Já me deu um desengano
Não me importa que tu morras no sereno
Cochilando