Galho de goiabeira
Raphel Rabello e Paulo César Pinheiro
Num galho de goiabeira
Banquei o Tarzan pra você.
Foi num chá-de-panela
Ou na festa junina:
O garoto magrela caiu,
Minha sina cair
Ao ver você...
Eu levei tombo de bonde,
No baile me esparramei,
Das escadas da Penha
Ao laguinho da Praça
Até hoje acham graça
Dos vexames que eu passei.
Numa seresta, na Vila,
A valsa eu te dediquei
E apesar do luar,
Que subia do morro,
Tropecei no cachorro e caí,
Todo mundo vaiou, menos você...
Em Paquetá, tão discreta,
Você fingiu não notar
Quando fiquei sem freio
E a cruel bicicleta
Pegou uma reta e
me atirou do quebra-mar...
Só uma vez não caí:
Na terça de Carnaval...
Vesti o velho pierrô de cetim
Pra tentar ver você no Boulevard.
Sei que riam as máscaras só de mim
Na confusão ao redor
E num cordão, bailarina de organza e filó,
Você não estava só.
Eu fiquei firme e sorri,
Você não retribuiu:
Um arlequim te envolvia
Em seu lenço de lança
E você pedia mais...
Sei que riam as máscaras só de mim
Nos guizos da insensatez:
Ao ficar firme de amor,
Ora vejam vocês,
Meu Deus, caí de vez.