Quem é capaz de promover o que não se tem mais
Não tem paz e não tem quem faz, ela que jaz
Nações, povos, governos se mobilizam e nada
Protestos, passeatas com tom de branco é piada
O ponteiro do relógio acelera e bem alerta
Aperta o botão de emergência, e o povo não desperta
A ira faz moradia no coração do justo
A mira fria acerta o alvo errado que traz luto
A televisiva e escrita mídia denuncia, mas
O que fazer, quem obedecer o crime ou a policia
O traficante faz a vida emocionante de um filho
De honesto a meliante, passos que vão a declínio
O pai de família perde a vida vindo do trabalho
A aposentadoria do vovô se foi no assalto
No asfalto, o sangue escorre com facilidade
E por alguns reais se paga à morte com tranqüilidade
À bala direcionada apaga a luz do inocente
O gosto amarga a boca e entristece o coração de gente
Que vira cliente da doença que afetou o povo
E a violência não dispensa o machucar de novo
O dia dia prova que a desgraça aumenta
E a graça não disfarça a farça que só se alimenta
Da falsa verdade que prega o bom pregador
E o corte não cicatrizado aberto permanece em dor
Tô – firme na espera do meu Salvador
Vou – morar em outro lugar que o Mestre preparou
Sou – nele muito mais que vencedor, mesmo num
Mundo insuportável e violento eu suporto a
Dor - de ver que o Deus do povo é só o dinheiro
Vou – lembrar que os últimos serão os primeiros
Sou – conhecedor que receber não é melhor que dar
Amam o poder e rejeitam o poder de amar
Infelizmente muita gente tranquila
Aparentemente crente que freqüente
Ao mesmo tempo é frio e quente
Infelizmente pela frente face sorridentes
Infelizmente falsamente, coração contente
Púlpitos que são corruptos só pensam em grana
Arvores com frutos podres, flores que te engana
Brecha que nunca fecha, goteira que nunca cessa
Flechas que penetra as feridas que nunca seca
As pedras que eles espalham são muito mais que juntam
Perdem mais que ganham, plantam mas não nascem mudas
Choram mais que sorriem, rasgam e não podem costurar
Morrem mais que vivem andam mais não saem do lugar
Correm atrás do vento, a violência aumenta o senso
É ruim a previsão do tempo, são vivos, mas mortos por dentro
Assim regride a nossa humanidade
Com passos de interesse falsos gestos de bondade
Trocam Deus pelo mundo, o criador pela criatura
O puro se faz imundo confiando na própria estrutura
Nem é preciso colírio ou óculos de grau pra ver
Roubam, enganam, matam, tudo ou nada por poder
A porta larga é melhor que a porta estreita pra fuga
Rejeitam ajuda do alto e buscam sua auto- ajuda
Esquecem que o Mestre disse; A minha paz vos dou
Mas ignorada sua palavra o homem rejeitou, então eu
Paz essa que o mundo bate, busca e não encontra
Por um momento caminho em silêncio e de novo afronta
Aponto o manual pratico do fabricante, guerra!
A conta multiplica as flechas que provoca a fera
A espera pro mundo melhor não vai chegar
É pegar vento ou voltar no tempo e ver o Sol parar
De novo não acontece o que é do alto já desceu
Não vai morrer de novo o que por min já morreu
O horizontal aqui define o vertical pro céu
O sal sem gosto a lâmpada apagada não terá troféu
O réu será julgado, absolvido ou condenado
Certo ou errado, limpo ou sujo, inocente ou culpado
Equivocado quem pensa julgamento não ter
Segundo proceder de quem não crer é certo vai perder
A causa na justiça divina que não vai falhar
O Advogado junto ao Pai nos separará dos culpados
Inocentes com Cristo eternamente
Sentenciada a causa da serpente que plantou semente
Equivocados serão os que perverteram o povo
Lançados a besta, o falso profeta e o diabo no lago de fogo
Novo céu, nova terra, nova atmosfera nos espera
Queda quem fez guerra, presa a besta fera
Nova melodia, nova música, novo louvor
Nova letra e cântico na espera do meu salvador