1. 1

    Gabriel O Pensador - Até Quando?

  2. 2

    John Lennon - Power To The People

  3. 3

    Legião Urbana - Geração Coca-Cola

  4. 4

    Gil Scott-Heron - The Revolution Will Not Be Televised

  5. 5

    Public Enemy - Fight The Power

  6. 6

    Titãs - Desordem

  7. 7

    Mulamba - P.U.T.A

  8. 8

    Ultraje a Rigor - Inútil

  9. 9

    Rage Against The Machine - Take The Power Back

  10. 10

    Black Alien - From Hell do Céu

  11. 11

    The Clash - White Riot

  12. 12

    Marcelo D2 - Numa Cidade Muito Longe Daqui

  13. 13

    Charlie Brown Jr. - Eu Protesto

  14. 14

    Planet Hemp - Porcos Fardados

  15. 15

    Capital Inicial - Saquear Brasília

  16. 16

    System Of A Down - Boom!

  17. 17

    Caetano Veloso - Podres Poderes

  18. 18

    Lily Allen - Fuck You

  19. 19

    Geraldo Vandré - Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

  20. 20

    Bob Dylan - Blowin' In The Wind

  21. 21

    Raul Seixas - Mosca Na Sopa

  22. 22

    Sex Pistols - God Save The Queen

  23. 23

    Os Paralamas do Sucesso - Selvagem

  24. 24

    Cazuza - Brasil

  25. 25

    Caetano Veloso - É Proibido Proibir

  26. 26

    B.A.P - Power

  27. 27

    The Beatles - Revolution

  28. 28

    Plebe Rude - Até Quando Esperar

  29. 29

    Gal Costa - Divino Maravilhoso

  30. 30

    Chico Buarque - Cálice (part. Milton Nascimento)

  31. 31

    Bob Marley - Get Up, Stand Up

  32. 32

    Legião Urbana - Que País É Este

  33. 33

    O Rappa - Vem Pra Rua

Podres Poderes

Caetano Veloso

Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Motos e fuscas avançam
Os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais

Queria querer gritar
Setecentas mil vezes
Como são lindos
Como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais

Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos

Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Índios e padres e bichas
Negros e mulheres
E adolescentes
Fazem o carnaval

Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau

Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais

Será que apenas os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais

Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais

Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo e mais fundo
Tins e bens e tais

Será que nunca faremos senão confirmar
Na incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos

Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais

Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais

Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais

Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!

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