1. 1

    Parteum - Raciocínio Quebrado

  2. 2

    Parteum - Época de Épicos

  3. 3

    Parteum - A Moral Provisória

  4. 4

    Parteum - O Círculo

  5. 5

    Parteum - Cortexiphan #3

  6. 6

    Parteum - 1995/1998/2001

  7. 7

    Parteum - A Autoridade da Razão

  8. 8

    Parteum - A Bagunça Das Gavetas

  9. 9

    Parteum - Cortexiphan

  10. 10

    Parteum - A Fórmula

  11. 11

    Parteum - O Pouso

  12. 12

    Parteum - Pedras no caminho são

  13. 13

    Parteum - Rumo

  14. 14

    Parteum - Tudo Que Ainda Pode Ser

  15. 15

    Parteum - Dominium Remixus

Época de Épicos

Parteum

Dominantes
Parteum, Kamau e Rick
Mais uma vez
Mais Paulo Nápoli
Nessa época de épicos

Da mais singela flor surge a mudança de humor dos deuses do Olimpo, desde um nove sete cinco
Eu analizo e crio imagens tridimencionais
Viagens fenomenais como contos de Júlio Verni
Eu arrepio a epiderme de quem para pra escutar o que recito sobre violinos sampleados, versos livres são flagrados com meu nome na testa em qualquer festa ou qualquer fresta por onde meu som passar

Passo a passo se constroi a caminhada do nada, algum lugar comum e você vê que não é só mais um
Por mais que a gente pense diferente a gente sente que em algum lugar do mundo tem alguém que pense igual a gente
Que olha em volta antes de andar pra frente, mesmo que lentamente
E é assim que o mundo muda
Sua ajuda é importante a minha parte eu faço
Marcando época no meu lote de tempo espaço

Época de épicos
Inéditos no mundo mudanças em grande escala rolando a cada segundo
Padrões mudando, patrões mandando povo embora, algum tempo depois as minhocas viraram cobras
E hoje vejo a disputa das partes pro todo lado já é parte do cenário como cartazes colados
Ou muros bombardeados com latas de spray, a vida nossa volta solta estímulos em três, dimensões
Diz-me quem sois que eu te digo com quem andas
Nas cirandas do rap eu vivo, negativo e positivo em equilibrio duvidoso
Graças a alguns palhaços mais fortes do que o Bozo
Meu fogo, é como fogo de água ardente na mente
Ignorar não dá, é impossivel pois você sente as influências do ambiente hostil em transformação
A situação em mutação provoca muita ação
E reações, inesperadas, desesperadas
Revoluções préfábricadas, não são nada mas do que um produto
Vendável, enlatado, empurrado pelo www no seu rabo
Eu roubo, a sua atenção por alguns instantes
Falando de um futuro presente em auto falantes
Gigantes com gigabites, gingando igual capoeira
Nova era é nossa hora de fazer história e chega

Quem tá no jogo segue o globo, se vira se mexe
Atraz de um cash não é bobo não esquece a correria
Nem um troco, fala a giria todo dia, é maioria
Um cara simples da periferia
Rumo ao centro, sem demagogia eu tô dentro dessa fita sempre atento, alento o processo da mudança
Mas quem espera alcança
Assim que a gente avança

Tudo que eu faço é pra ser clássico
Não sou mais um traço no compasso
Revolucionário do silêncio sem estardalhaço
Pra ser palhaço nem precisa do nariz vermelho
É só fazer o que não sabe sem se olhar no espelho
Cabeça não é só pra ser suporte do cabelo
Vê se usa o cerebelo que tem nela
Seja favela ou condomínio
Matenha o seu domínio
E tenta exercitar o raciocínio
Pesquisando no antigo pra entender o atual
E construir um bom abrigo pra esperar o seu final
É o que eu quero pra mim, nem tô afim de ficar pra trás
Tendo ler a distração no envelope de Anthrax
Hip hop capaz de ampliar ideias
Que se transformam, um simples verso numa Epopéia
Que tremam construções pela cidade, pelo certo
Que assim caminhe a humanidade

É de um império em ruínas que surge o novo bem mais forte
Nunca conto só com a sorte pra deixar o meu destino mais bonito
Acho esquisito ser o furo em estatísticas do meu país
A rima é como a cicatriz que te faz
Lembrar do tombo, quatro guerreiros nesse "combo" onde um
Faz pelo outro e o outro faz pelo um
Code-nome Parteum bem mais que um MC ou produtor eu faço por amor
E sim aceito o desafio da mudança, quem se lança contra o bem bate num muro e morre
Duro como o pão que o diabo amassou
Vivo do que sou espero o fim da negociação, como Mulvaney num dia de cão
Nessa época de épicos, líderes céticos, aumenta a desavença
Entre ricos e pobres, vamos me diga o que é ser nobre
Na pobreza desse mundo que te diz como crescer o que fazer, quando morrer
Eu quero mais que esse sofrer calado e penso
Como o sol da morada de onde vinha os meios
Perdem-se os fins, sente-se a beira de uma praia
Praia e ouço a vaia da mãe natureza
Destruir sua beleza é como viver sem nenhuma certeza.

E pra tentar muitos não vão chegar, eu sei
Poucos vão restar pra divulgar o que pensei
Quem vai sobrar? Quem vai marca, quem vai fica?
Se ninguém leva a sério quem vai te história pra contar?
Então separa meu nome no seu arquivo
Se depender de mim quem vier vai ter motivo
E incentivo se sobra pra aprender a matéria
Acabou a brincadeira, agora a coisa é séria

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