A gente vai ter que sair mesmo, é o pogresso, pogresso
O metrô vai passar embaixo
O pão cai e cai com a manteiga pra baixo
Tchau, maloca
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá, meu bem
Se o sinhô não tá lembrado
Dá licença de contar
Já que aonde agora está
Esse ardifício arto
Era uma casa velha
Um palacete assobradado
Foi aqui, seu moço, que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mas, um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os homens com as ferramenta
Que o dono mandou derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua apreciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía doia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei
Os home tá com a razão
Nóis arranja outro lugar
Só se conformemos
Quando o Joca falou: Deus dá o frio conforme o cobertor
E hoje nóis pega as palha na grama do jardim
E pra esquece nóis cantemo assim
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemos dias feliz de nossa vida
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemos dias feliz de nossa vida
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá, meu bem
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá, meu bem
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá
Joga as cascas pra lá, meu bem