Remoendo freios palanqueando pensamentos
Seque o tropeiro poncho encharcado de Lua
Num trote manso coxilando algum floreio
Num bordoneio de antigas noites chiruas
Foi lavrador, foi domador, foi peleador
Crinas compridas pra defender o seu chão
Pois é do lombo do cavalo companheiro
Que este tropeiro vai troteando a tradição
Alma de potro de veleja nas cochilhas
E se entropilha com o gado campo à fora
Não tem segredos o luar é seu parceiro
Luz se candeiro num tropel de última hora
É dura a lida sobre o lombo do cavalo
Que num relincho pacholento te desperta
Como a dizer apeie um pouco tome um mate
Troteou lonjuras tendo o luar por coberta