Cai a chuva no meu rancho, na quincha do santa fé
Rufa a sanga na canhada pula o peixe no aguapé
La no fundo da invernada relincha meu pangaré
E o vento embalando as flores, primavera e mal-me-quer
Oigale chê o vento forte sacode
Embala as flores do campo e o capim barba de bode
O velho sapo mãe d’água, logo começa a gritar
O inhandu geme tristonho abre o peito o sabiá
Fuça a mulita campeira no pé do caraguatá
Contemplando a natureza também começo a cantar
Oigale chê o vento forte sacode
Embala as flores do campo e o capim barba de bode
Como é lindo ver a chuva se guasqueando no meu rancho
Num cepo em roda do fogo devagarito me plancho
Vejo o cusco cochilando, chaleira preta no gancho
Aperto a gaita no peito neste toada me desmancho
Oigale chê o vento forte sacode
Embala as flores do campo e o capim barba de bode