Estou chegando da campanha sentindo em certo receio
Aqui na cidade grande não se pode fazer feio
Com medo dos tiriricas olhando de revesgueio
Já to mais atrapalhado do que cego em tiroteio
Na campanha me saio bem
Na cidade eu me atrapalho
E é por isso que eu digo meus amigos
Cada macaco no seu galho
Sem estudo e sem oficio é triste a vida do quera
No meio dos cola fino o índio grosso já era
Batendo de porta em porta e dando oh de casa em tapera
Ta feio o olho da baia, to vivendo só de inhapa
Dou comida pros meus filhos não me sobra nem a rapa
Matando cachorro e grito e tonteando rezes a tapa
Não tenho eira, nem beira, to por conta do beleléu
Vou dar de rédeas pra trás abanando com o chapéu
A vaca já foi por brejo e se vai o boi com sovéu