O negro pisou no topo do morro Pegou sua viola e tocou pro povo Pro povo do crime Que foi chegando e colocando As suas armas devagar no chão O mesmo chão que guarda o sangue O mesmo chão de correrias O mesmo chão de tantas famílias Que hoje batucam o mesmo som
Na palma da mão pra aliviar
O negro brilhou e ajudou Aquelas almas distorcidas pela guerra Só com a viola, só com a voz Só com a viola suas idéias Onegro falou e falou alto Inspirou uma calma E misteriosamente alegre é Sufocando o pior dos bandidos
E em troca deixou lágrimas Nos olhos do artista Lágrimas, lágrimas Na palma da mão pra aliviar
Hoje mesmo, hoje Quando o barulho dos tiros sinalizam O que acontece por lá
Uma comunicação silenciosa Se faz com a memória das armas no chão Por algum momento Ganhando outra missão