Antigamente quando havia baile
Havia gosto na rapaziada
Que sabia que lá encontrava
Um porco com farofa uma feijoada
Aquilo que era tempo, era uma fartura
Sobre moda, você chegava e dona pode
Entra a casa é sua, é só comida e prato
Fundo a feijoada completa, feijão a
400 réis o quilo, feijão com tudo rapaz
Tripa toucinho era uma beleza então eu
Metia um escarfano pra pega o toucinho
Ele diz que boia mais eu vou apanha lá
No fundo e depois então pra fazer a digestão
Eu saia, e me encontrava com os bons
Crioulos lá no campo Sant'Ana e eles conversando
Eram uma beleza, diziam um pro outro
- Há meu tempo Maruncuva mais suncê tão bão
Tava cum reumatismo na joeia já passei o
Cupa é jejum, tempo de fejão quaqua poder
Ca quaquá então agora 50 mil reis quilo não
Pode mais com feijão êê
Mais hoje com a desculpa da crise
Baile de rádio é o que se vê
E há quem tenha o descaramento
De deixar os convidados sem comer e sem beber
Fui ao uma festa na muda da tijuca
Levei gente de rádio e um bom regional
No fim de contas foi maior minha sinuca
Pois não havia nem água pra dar ao meu pessoal
Além de tudo o dona desta festa
Um tal de seu Jacinto da Silva Camarão
Fez um rateio entre os convidados
Dizendo que era a defesa da gordura pro feijão
Hoje se alguém me convida pra casa de alguém
Que eu nunca tenha ido
Eu digo logo queira me desculpar mais não vô
Pra hoje tenho meu tempo todo tomado
Quem importa que falem de mim
Que diga que com isso eu só faço feio
O que eu não posso é deixar meu conforto
Para ir passar fome na casa do alheio