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  2. 2

    Miro Saldanha - Pilares

  3. 3

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  4. 4

    Miro Saldanha - No Bojo da Peleia

  5. 5

    Miro Saldanha - De Onde Vem a Saudade

  6. 6

    Miro Saldanha - Princípios

  7. 7

    Miro Saldanha - Na Hora Do Mate

  8. 8

    Miro Saldanha - Ausências

  9. 9

    Miro Saldanha - Pedaços

  10. 10

    Miro Saldanha - Primavera Pampeana

  11. 11

    Miro Saldanha - Vaga-Lumes

  12. 12

    Miro Saldanha - O Rastro e a Poeira

  13. 13

    Miro Saldanha - Benção ao Filho Ausente

  14. 14

    Miro Saldanha - Duas Notas

  15. 15

    Miro Saldanha - Nem Eu Sei

  16. 16

    Miro Saldanha - No Rio Grande Tem

  17. 17

    Miro Saldanha - Banco Vazio

  18. 18

    Miro Saldanha - Chegada

  19. 19

    Miro Saldanha - De Guitarra Y Luna

  20. 20

    Miro Saldanha - Apesar Dos Pesares

  21. 21

    Miro Saldanha - Baile Campeiro

  22. 22

    Miro Saldanha - Bolivariana

  23. 23

    Miro Saldanha - Cinco Linhas

  24. 24

    Miro Saldanha - Condor Ameríndio

  25. 25

    Miro Saldanha - Contas

  26. 26

    Miro Saldanha - Convite

  27. 27

    Miro Saldanha - Covardia

  28. 28

    Miro Saldanha - Herança De Mango E Crina

  29. 29

    Miro Saldanha - La Negra de Tucumán

  30. 30

    Miro Saldanha - Mescla Latina

  31. 31

    Miro Saldanha - Meu Verso

  32. 32

    Miro Saldanha - Pelos Cantos

  33. 33

    Miro Saldanha - Pra Onde Voltar

  34. 34

    Miro Saldanha - Só No Dom

  35. 35

    Miro Saldanha - Tchê Brasil

  36. 36

    Miro Saldanha - Tentação

  37. 37

    Miro Saldanha - Um Canto Meu

  38. 38

    Miro Saldanha - Uniamérica

Um Canto Meu

Miro Saldanha

Encilhei o baio, ruminando a soma;
Pra sobrar uns trocos do que eu recebi;
Terminei a lida, entreguei a doma;
Já não tenho nada pra fazer aqui.

Quando a vida cobra, não nos dá recibo;
Quem não tem raízes tem mais que partir;
Pisoteando a alma com o pé do estribo
E o peito sangrando não querendo ir.

(Quem sepulta os sonhos, paleteando a vida,
Vai abrir feridas para a solidão;
Se não se dá conta quando amadurece,
Um dia, envelhece de freio na mão.)

Quem cansou cavalos cuidando do alheio,
Nem mesmo o arreio não sabe se é seu;
Acho que chegou a hora da virada;
Já cansei de estrada, quero um canto meu!

Tem algo diferente, na manhã de maio;
Nem a liberdade não me satisfaz!
Fico disfarçando, ajeitando o baio;
E o olhar da moça me tirando a paz.

Como a terra se abre, quando o arado lavra,
Dizem que um olhar nos abre o coração;
É quando a luz dos olhos diz mais que a palavra
E o calor da pele, bem mais que a razão.

(Quem sepulta os sonhos, paleteando a vida,
Vai abrir feridas para a solidão;
Se não se dá conta quando amadurece,
Um dia, envelhece de freio na mão.)

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