Que nunca falte um pão na mesa de um filho teu
Tô na minha luta e seja o que o senhor quiser
Ainda que eu ande no vale da sombra
Não temerei que eu vou tá pesadão
Eu saio pra rua e faço meu papel
Se eu chego em casa tarde eu vou comer sozinho
Preço que eu pago pra tá nisso
Eu não vou reclamar já foi bem mais difícil eu sei, eu sei
Eu canto pra quem quer me ouvir
Eu me vejo em quem me escuta
No busão lotado pra casa de show lotada
E o dinheiro entrando como nunca
Olho pras minhas filhas e vejo o mundo lindo
Saio pra rua e o ódio me corrompe
São coisas que eu já devia ter dito
Coisas que eu podia ter feito antes
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás, a sua verdade será o teu escudo
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti
São coisas que eu já devia ter dito