Olha a verdura, cancheiro Que os velo vêm se estendo Qual nuvens pelo setembros Que o vento manso tropeia
Venho minguando o rebanho A tec-tec de tesoura E tu garreando a vassoura Num comparsão de janeiro
Uma botella rolhada Sacudo num trago largo Ritual campeiro do pago Pra evita a tremedeira
E largo de foia inteira Bolcando a lã pra um costado Cancheiro me alcança outra Que to desmaneando esta Pois até o silêncio se inquieta Ao não escutar minha tesoura
Escuto o golpe da ficha Pagando o toso na lata E arremangando as bombacha Me curvo, tocando ficha
Assim, a safra se espicha Por este pago fronteiro A tec-tec de tesoura Num comparsão de janeiro
Uma botella rolhada Sacudo num trago largo Ritual campeiro do pago Pra evitar a tremedeira
E largo de foia inteira Bolcando a lã pra um costado Cancheiro me alcança outra Que to desmaneando esta Pois até o silencio se inquieta Ao não escutar minha tesoura