Viemos de outra missão
Cumprindo aviso de tanto rimar
Sem “Mic” na mão
Deixando as tag em caderno, caneta
Sendo mais útil na cuca do crente
Boné e bombeta era treta nas linhas
Quando tinha parada errada
Agora é boas novas rinhas
Nós tem trampo pesado na mente
Somos tão loucos e inteligente
Como o nosso parceiro Einstein
Quê que tem
O rap é power e filosofia
Quantos que querem escutar
Mas não é moda por isso não entra na fila
De rima em rima em cima do beat
Deeper em cada verso
Quebrando barreiras lutando em progresso
Um ato e um gesto de paz
Quantos que querem, mas
Nem todos entendem sinais
Aqui é do bonde do Átrio
Com várias ideias louca
Estilo Eddy aliado
Da rua eu vim
Da rua eu sempre serei
Mas o certo é outro
Agora é plantar o bem
Sou filho do Rei Jah
Um dos novos escribas
Botando efeito nas sílabas
Fazendo a cypher em cifras
De passo a passo mais um
Tamo chegando onde se pode voar
De norte a sul.
Causando um baita baque
Ideias de 1 tera projeto Iraque
Mandando a vera
Meu verso nem é o destaque
Talvez nem saibam o porque de estar aqui
(Mas vão saber)
Eu anotei tudo que notei
E tenho tudo haver com isso
Por todos os meus que conheço admito
Que não posso ser omisso
O momento é propício
Estado crítico
Atingimos requisitos
Ainda somos protesto
Não tô de chapéu porque creio em Cristo
Nas ruas, sangue do mesmo sangue
Guerreando sem causa alguma
E a sua, gangue de rap se digladia
Na internet, assuma
Enquanto desejam o topo
Prossigo cumprindo plano de trazer a beleza de onde eu vim
Extinguindo as deezes dos Detona Ralph’s
Se suicidando
A mesma missão das antiga liga
Trazer água pra todo plantio
Se o amor nessa terra seca não existe
Derramarei do meu cantil
Por isso dizemos que o ide é nosso
Estamos aqui sem medir esforços
Se alguém precisava de um incentivo
Somos batalhão por um só motivo.
Os leke no rap, sem beck de quepe
Rimando a real e o jogo tá vivo
REC na track, suave no deck
Me passa o seu CEP, anota o que eu digo
Não faça de conta que paga minhas conta
Porque nossa ronda só guarda os leal
Começa com barco encostando na África
Destino Brasil vindo de Portugal
Quatrocentos anos, vários centros manos
Vários eram rei, nunca teve boi
Sequestros açoite bandidos da noite
Nuca teve lei, e um povo se foi
Hoje é muita cota, hoje é pouca nota
Não foi holocausto “nois” virou piada
Meus antepassados, chicotada, costa
Depender da história nos não vale é nada
Nossa história consta como história linda
Onde um corajoso desbravou os mares
Sem a parte montra da maldade vinda
De um bando de monstros destruindo lares
Viramos detalhes da história torta
Tipo ali à margem do que é o Brasil
Um povo que fica do lado de fora de uma casa que ele mesmo construiu
Nós não foi Judeu, nos no caso é eu
Nós que faz o dobro pra ficar igual
Nosso Auschwitz foi de um continente
Nosso Hitler veio foi de Portugal
Mas é mimimi, vocês só quer rir
Mas com nós não pode pois refuta a dor
Escravo da casa seja agradável
E faça piada com sua própria cor
Isso tá por fora
Não reclame agora
Faz quinhentos anos mano, desencana
Não importa se a porta do banco te pôs
Pra fora do banco a uma semana
Quanto ao quadro negro
Do Jesus que é negro
Pouco me importa pra mim tanto faz
Porque a pele negra “bro” não faz milagre
E a pele branca “bro” também não faz
Quanto a cor de Deus já me perguntaram
Acho que eu sei que cor ele tem
É uma cor de quem despreza ninguém
Acho que é uma cor que só ele tem.