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Leopoldo Rassier - Veterano
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Leopoldo Rassier - Entardecer
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Leopoldo Rassier - Não Podemos Se Entregá Pros Home
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Leopoldo Rassier - Gaudencio Sete Luas
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Leopoldo Rassier - Sabe moço
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Leopoldo Rassier - Pilchas
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Leopoldo Rassier - Couro Cru
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Leopoldo Rassier - Gaita, Cordeona e Gaiteiro
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Leopoldo Rassier - Barranca e Fronteira
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Leopoldo Rassier - O Inverno
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Leopoldo Rassier - Por-do-sol No Guaíba
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Leopoldo Rassier - Segredos do Meu Cambicho
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Leopoldo Rassier - Ascensão e Queda de Um Ginete
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Leopoldo Rassier - Minha Querencia
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Leopoldo Rassier - Tema de Marcação
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Leopoldo Rassier - Adaga, Faca, Xerenga
- 17
Leopoldo Rassier - Camperiando a Vida
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Leopoldo Rassier - Laço de Estrelas
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Leopoldo Rassier - Pêlos
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Leopoldo Rassier - Prelúdio de Fé No Trigo
- 21
Leopoldo Rassier - Roda que roda
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Leopoldo Rassier - Última lembrança
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Leopoldo Rassier - A Banda Dos Maragatos
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Leopoldo Rassier - A Lo Largo
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Leopoldo Rassier - Bailanta do tio Flor
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Leopoldo Rassier - Brasão de sangue
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Leopoldo Rassier - Buenas amigo
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Leopoldo Rassier - Domador
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Leopoldo Rassier - Facho da Estrela Guia (part. Victor Hugo e Terno da Freguesia do Mundo Novo)
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Leopoldo Rassier - Garibaldi / Herói / Marujo / Gaudério
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Leopoldo Rassier - Guerrilheiros De 23
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Leopoldo Rassier - Leão do Caverá
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Leopoldo Rassier - Panela velha
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Leopoldo Rassier - Poncho molhado
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Leopoldo Rassier - Tem dó
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Leopoldo Rassier - Tô Voltando Pra Ficar
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Leopoldo Rassier - Tordilho Negro
Tordilho Negro
Leopoldo Rassier
Tinha um cavalo Tordilho Negro, foi mal domado ficou redomão
Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão
Dava o tordilho negro de presente para quem montasse sem cair no chão
Eu fui criado na lida do campo, não acredito em assombração
Fui na estância topar o desafio, correu boato na população
Era um domingo clareava o dia, puxei o pingo e o povo reuniu
Joguei os trastes no lombo do taura, murchou a orelha tive um arrepio
Botei a ponta da bota no estribo, algum gaiato por perto sorriu
Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna montou e caiu
Saltei no lombo e gritei pro povo: Este será o último desafio
Tordilho Negro berrava na espora, por vinte horas ninguém mais nos viu
Mais de uma légua o pingo corcoveou, manchou de sangue a espora prateada
Anoiteceu o povo pelo campo, procurando o morto pela invernada
Compraram vela, fizeram caixão, a minha alma estava encomendada
À meia-noite mais de mil pessoas deixaram da busca desacorçoadas
Dali a pouco ouviram o tropel, olharam o campo noite enluarada
Eu vinha vindo no Tordilho Negro, feliz saboreando uma marcha troteada
Boleei a perna na frente do povo, deixei a rédea arrastar no capim
Banhado em suor o Tordilho Negro ficou pastando ao redor de mim
Tinha uma prenda no meio do povo, muito gaúcha eu falei assim
Venha provar a marcha do tordilho, faça o favor monte no selim
Andou no pingo mais de meia hora, deu-me uma rosa lá do seu jardim
Levei pra casa o meu Tordilho Negro, é mais uma história que chegou ao fim