Foi numa quinta-feira dessas, dessas Bem normais no meio do mês de maio Que eu saio da minha casa E entro nesse bar de bairro Quando é fé, às oito e trinta e quatro
Entra naquela porta A moça do sorriso mais lindo de toda a galáxia Eu não tive nem reação Fiquei onde eu tava Vendo ela chegar no balcão E comprar uma água Só uma água e mais nada
E antes de sair Falou obrigada Me deu uma olhada Que eu nunca esqueci Fiquei tão paralisada que ela entrou no carro Eu nem vi
Desde então
Tem nem sei quantos janeiros Que eu venho o ano inteiro Toda santa noite nesse barzinho fuleiro Na esperança que ela volte E eu pergunte pelo nome Da moça que juro por Deus Que ainda vai ter meu sobrenome
Tem nem sei quantos janeiros Que eu venho o ano inteiro Toda santa noite nesse barzinho fuleiro E daqui eu não saio Daqui ninguém me tira Enquanto eu não topar de novo O amor da minha vida