(Des-) desde menor sempre fui bom de conta (conta, conta)
Tipo trocar o almoço pela janta
Arruma um emprego ou vende maconha
E hoje no baile meu ganha-pão tá em vender: Bala, doce e lança
Fiz tudo (tudo) por aquela mina
Depois descobri que ela era piranha (hm)
Nunca fui um mano de sorte (não)
Nunca fui o mais ligeiro (nunca)
(Nunca) nunca eu fui o mais dedicado
Interclasse nunca fui o artilheiro (nunca)
Nunca fui o nerd da sala
Mas se pá sempre eu era o mais feio (semprе)
Sem dinheiro pra mandar uma régua
Preto, sеm régua, que usa aparelho (ahn?)
Isso tudo quando eu era criança
Um novo problema a cada semana
Embora quase sempre eu senti
Eu nunca fui de expressar o meu medo (medo)
Mesmo com a sensação
Que todos na minha volta me odeiam (aham)
E se pá no momento até eu, andei sentindo ódio de mim mesmo
Com pouca idade, e pouca autoestima
Mano, eu nem me olhava no espelho (não!)
Hoje eu sou o espelho
Dez anos depois acabou o pesadelo (aham)
Daquele neguinho que todos os dias jurava
E não via futuro a si mesmo (é)
Mais que palavras
Eu deixo uma história pra provar que somos exemplo (exemplo!)
Então eu peço mais respeito (aham!)
Citar a nossa caminhada, tenha mais respeito (ahn)
Se não a sua própria língua vai realizar seu pior pesadelo (aham)
Perder minha mãe foi um grande baque (ai)
Sinto que perdi tudo (aham)
Juro ainda acredito não sei ver-dade
Não quero perder alguém de novo (não)
Por isso, por isso sou ofensivo
E a nossa tática é os onze no ataque (os 11 no ataque)
Tipo a última bola, o último escanteio
Em busca do gol, não da bola na trave (não)
Meu coração hoje é só maldade
Amigo da fome e da morte sócio
A vida pra mim tava tipo itachi
Neguinho, ainda te falta ódio
Se era brincadeira, virou trabalho
E de trabalho virou negócio
Nove e meio não me contenta
Quero o maldito primeiro lugar do pódio