Duas figuras famintas murcham juntas até a eternidade
E a cruz carrega o peso de um ninho de carne e ossos
Paisagens desoladas de vida seca queimam com a memória do suicídio e da loucura
Quando os anjos virão?
Quando os pesadelos vão parar?
Criador! De um mundo abortado de
Miséria, Lambendo as feridas de Hefesto
Acenda a expressão do horror na natureza
Retrate os gritos da noite sem rosto
Agonia
Paisagens de luto
Os abutres virão
Queime tudo!
Perturbado pela poderosa criação
Que sua própria mão trouxe a esta terra
Os pesadelos torturam, a mente conjura
O fogo purificará o que Deus não pôde
As piras se erguerão
A loucura reinará
Tela do caos
Sem fim
Caia, na escuridão sempre poderosa
O abismo da mente mestra
Eis! A arte! Do medo imaculado
Caminho sem fim
O horror se dobrando diante dos seus olhos
Eles olham fixamente, sem olhos, ele testemunhou sua morte
E pintado com detalhes
A existência amaldiçoada dos condenados
A morte, a decadência, são tons em sua paleta
Para trazer! O inferno! Seus pesadelos finalmente se manifestam
Queimar
