Seu corpo é franzino
Sua boca é carnuda
Seu bigode é de leite
A garganta é profunda
A noite ele passeia
Pelas vielas escuras
Atrás de um banquete
Com muitas picas duras
O Papapau
Não vai perdoar
Suga sua alma
Até tu secar
O pobre camponês andava calmamente
Sem imaginar o que aguardava à frente
Voltava do trabalho, estava bem cansado
Comprava mantimentos com seu dinheiro suado
E a sua família o aguardava em casa
Mas, infelizmente, ele não iria chegar
Porque uma sombra espreitava na mata
Era o Papapau querendo jantar
Mas o vilarejo não ia se render
Essa criatura devia morrer
Então organizaram uma operação
Pra acabar de vez com a aberração
Pegaram em armas, foices e porretes
E foram atrás do monstro hostil
E após dias andando à procura
Finalmente encontraram o fim
Todos tiveram os cacetes chupados
Pelo monstrinho do mal
Não sobrou ninguém pra contar história
Além do Papapau
