Me chamam de Rei do Cangaço
Rei do Cangaço
Traz o rifle de caça, a peixeira afiada
Que eu mato qualquer cabra-macho
Ó minha nobre senhora
Me perdoe por não ter coração
Mas eu não vou deixar de pintar
O solo de vermelho no meu seco sertão
O Sol esquenta o sertão
O Sol esquenta o sertão
Olho bom perdido a tiro
Porém uma cabeça no chão
A noite aparece, e o cão
A noite aparece, e o cão
Vou te dar uma moça tão bela
Porém, ande pela escuridão
A besta olhou nos meus olhos
E dentro dos seus olhos a chama infernal
Que disse que além de uma moça tão bela
Na guerra serei imortal
Saqueie fazendas, só o que seja caro
Gado, cavalo
Seja cruel
Maldito cangaço, bendito dinheiro
Que me mostraria o verdadeiro céu
Tentação do bicho ruim
Mas até que é uma boa proposta
Mulher, fama, dinheiro, poder
Em troca de pessoas mortas
Em dois dias, conheci Maria
Menina tão linda
Que daria minha vida
Dona do cangaço, o rei e a rainha
Um beijo, pro espaço eu fui
Com um beijo dela
Pro espaço eu fui
Tão linda por fora
Tão podre por dentro
Foi a primeira oferta do coisa-ruim
Seguindo a estrada pro infinito
Juntos dominaremos o mundo
Cortando cabeça, passando por cima
Juntos fazemos a carnificina
Pobre cangaço, pobre cangaço
Nos dias de glória, mas vai ser afogado
Tá poupando vidas, traindo o Diabo
Sua consequência é morrer no fracasso
Maria criada pelo Diabo
Mostrou o amor pro Rei do Cangaço
Fazendo pensar em largar tudo de lado
Mesmo sendo frio poupou condenados
Condenados, condenados