Deitada vejo a foto de quando criança
Ficávamos tão bem naquelas roupas de pirata
E toda vez que vejo a foto
Vem aquela lembrança
Do dia que tiramos aquelas fotos tão raras
Eu tô odiando tudo
Mesmo que me dê um oi
Sou a pessoa babaca
Que sente prazer em desconhecer
O mundo ilusório
Essa Matrix que vocês querem sofrer
Já perdi, tudo nessa vida
E tudo que eu queria
Era fugir, eu e você
E umas bebidas pra bem longe daqui
Andaremos naqueles trilhos
De mão dadas até o nosso fim
Ainda lembro do teus beijos
E a tempestade que vem
E traz o medo
Entenda que eu já nem existo
Vai, Max, retorne o tempo
Mas cuide de si mesmo
Conserte tudo
Rachel atuava bem
Naquele falso espetáculo
De pessoas com expressões e sorrisos falsos
Ela exclama: Vem, meu Ariel!
Cumpristes todas minhas vontades?
Como que voastes esse céu
Que clama a raiva em tempestade
Tu me prometeu que a liberdade
Que eu cobiçava consequentemente
Seria meu, em troca desse mar de alma
Que com medo o inferno escureceu
E veio transformar esse barco em brasa
Que com o vento se perdeu
Ó, meu Ariel, não suportarei ver-te voando
A sós por esse céu
Tu suportarias ver-me amargurar
Em tamanha dor cruel
Prometo te fazer esquecer a liberdade
Se me for fiel
Ainda lembro do teus beijos
E as cinzas que vem e caem
Em teus cabelos
Pegaremos o trem das cinco
Vem, Chloe, deixe comigo
Pois somos passarinhos
Em busca de um novo ninho
Ou algum dos infinitos
Que nunca descobrimos
Teremos tanta coisa pra contar