Moça bonita, veja lá o que vai fazer
Lua de maio te viu deu pra esconder
Depois não diga que o Sol quem dera a luz
E a pitangueira já não quer mais florescer
Moça bonita, quando a chuva cai no chão
Água lavada enxaguada no coração
Depois não diga que o olhar
Quem bela fonte
Derna dontonte tá enchendo o ribeirão
Moça bonita, este teu Sol de inverno
Parece eterno de deixar acostumado
Chuva de verão já é vem no pé de cedro
Ainda me lavo nas águas do seu agrado
Moça bonita, ninguém peca por amar
A fruta doce tem gosto de travessura
Se arde e queima o sabor desse manjar
É a criação do criador na criatura
Moça bonita, veja lá o que vai fazer
Pois já não tem lugar que cabe tanto
Se o amor fosse água de beber
Eu já seria um remanso no recanto
Moça bonita, parece lírio no campo
Bordado branco filha em volta da mesa
Se por ventura me encantar do seu encanto
É a outra parte da arte da natureza