Valsa
Pelas estradas do pampa sou o gaúcho mais destemido
Pelo escarcear do meu zaino, sou de longe reconhecido
De laço e bolas nos tentos, eu vou cruzando com liberdade
Gaudério de pouso incerto
Num campo deserto me sinto a vontade
Não creio em manhas de China
Enregueado de cusco, em céu de tempestade!
Ai, ai, ai, ai, estradas que não tem fim
Ai quanto China que chora nesta hora pensando em mim
Ai, ai, ai, ai, quem manda me querer bem
Pois água fresca e conselho não se oferece a ninguém!
Sou índio bem aragano e me sinto ufano com justo afinco
Por ver ferver o meu sangue no velho Rio Grande de 35
Sou quebra de nascimento meu pensamento não tem receio
Nunca provoco arruaça
Mas toco de graça qualquer rodeio
Nunca refugo ao perigo
Pois Confio no amigo dos meus arreios