1. 1

    João Marcos Kelbouscas - De Freio e Pelego Na Mão

  2. 2

    João Marcos Kelbouscas - Solito Na Estância

  3. 3

    João Marcos Kelbouscas - Loco Das Égua

  4. 4

    João Marcos Kelbouscas - Mundeando

  5. 5

    João Marcos Kelbouscas - Quando Te Vejo Passar

  6. 6

    João Marcos Kelbouscas - João Das Mula

  7. 7

    João Marcos Kelbouscas - Tropilha Dos Recuerdos

  8. 8

    João Marcos Kelbouscas - Virtudes da Minha Mulher

  9. 9

    João Marcos Kelbouscas - Cozinheiro Por Precisão

  10. 10

    João Marcos Kelbouscas - Grossuras do Magricela

  11. 11

    João Marcos Kelbouscas - Ofício de Guasqueiro

  12. 12

    João Marcos Kelbouscas - A Minha Quarto de Milha

  13. 13

    João Marcos Kelbouscas - De Estância Em Estância

  14. 14

    João Marcos Kelbouscas - Forma Cavalo

  15. 15

    João Marcos Kelbouscas - Potro Lobuno

  16. 16

    João Marcos Kelbouscas - Um Verso Pro Meu Chapéu

  17. 17

    João Marcos Kelbouscas - Véio Tradicional

  18. 18

    João Marcos Kelbouscas - A Filha do Bolicheiro

  19. 19

    João Marcos Kelbouscas - Corredor, Estância Grande

  20. 20

    João Marcos Kelbouscas - Desgosto Pra Um Domador

  21. 21

    João Marcos Kelbouscas - Gesto Bondoso

  22. 22

    João Marcos Kelbouscas - Na Cruzada Pro Bolicho

  23. 23

    João Marcos Kelbouscas - Pealando

  24. 24

    João Marcos Kelbouscas - Poncho Santo

  25. 25

    João Marcos Kelbouscas - Por Entre a Gola e a Aba

Tropilha Dos Recuerdos

João Marcos Kelbouscas

Quando o fogo aquenta a água
Da cambona enfumaçada
O mate chega a ter gosto
De tropa, doma e estrada

O vento badala o cincerro
Num gancho de pitangueira
E a tropilha dos recuerdos
Vem pra forma na mangueira

Me parece até que vejo
Um maula corcoveador
Com a minha espora trabalhando
Na volta do sangrador

Lembro um pingo que eu domei
Dos manso' de natureza
De apartar pito em terreiro
E lambari na correnteza
De apartar pito em terreiro
E lambari na correnteza

Cada vez que a noite velha
Veste luto na fronteira
O vento embala o cincerro
Num gancho de pitangueira
E a tropilha dos recuerdos
Vem pra forma na mangueira

Chego a enxergar uma tropa
Com capataz bem campeiro
Que carneia e faz o fogo
E assa a carne bem ligeiro

Vejo a cozinheira gaúcha
Uma matrona da planura
Rebolcando um carreteiro
Galopeado na gordura

Chego a ouvir, num dia quente
O bufo do aramador
E a cantilena terrunha
Da pá e do socador

Enxergo uma penca antiga
E o jóquei do capataz
Ganhar do pigo do comissário
De luz e olhando pra trás
Ganhar do pigo do comissário
De luz e olhando pra trás

Cada vez que a noite velha
Veste luto na fronteira
O vento embala o cincerro
Num gancho de pitangueira
E a tropilha dos recuerdos
Vem pra forma na mangueira

Vejo dois tauras num baile
Se acalambrarem em mangaço
E um índio solito no campo
Com um touro brabo no laço

E vejo os campos da fronteira
Tapaditos de fumaça
E um gaiteiro de galpão
Abrindo a gaita uma braça

Vejo um paisano de allá
Gritando forte c'o gado
E um daqui toureando a morte
No lombo d'um aporreado

Olho um gaúcho ao tranquito
Ele e um cusco estrada afora
Uma milonga doble-chapa
Tilintando em cada espora
Com uma milonga orelhana
Em cada roseta da espora

Cada vez que a noite velha
Veste luto na fronteira
O vento embala o cincerro
Num gancho de pitangueira
E a tropilha dos recuerdos
Vem pra forma na mangueira

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