Eu vim lá do nordeste
Menino, seu moço, moleque, mulé, mulato
Matuto da mata da serra dos cabra-da-peste, dançando toré
Eu vim lá do, seu moço
Eu vim de lá do nordeste
Eu vim lá do nordeste
Agreste, campestre, sudeste me escute
Do barro, zabumba, capoeira
Do bumba meu boi, carnaval com frevo
Sanfona nos dedos
E nos pés de moleque
Eu vim de lá do nordeste
Eu vim de lá do nordeste
Do tempos que lavam-se as almas com as gotas do céu
Eu vim lá do nordeste, sim e vou repetir
Pois nem todos sabem como é tão lindo o país que se tornar
Nordeste
Eu vim de lá do nordeste
Lá dança guerreiro
Alcymar monteiro
Do suor do cheiro, do calor
Do chapéu, de palha no sol de setembro que tanto me aquece
Eu vim de lá do nordeste
São João dando vida a fogueira do povo com amor
E ninguém mais esquece, cantado gosto, mostrando com força
Seu valor
Eu vim de lá do nordeste
Eu vim de lá do nordeste
Eu digo, moldando, cantando, tecendo filé
Eu vim pra esse teste, com eco do coco do povo dos mestres
Eu vim lá do fogo
E eu vim lá do nordeste
Eu vim de lá do nordeste
Pra quem não percebe
Pra quem não me esquece mais
Eu vim lá das lagoas
Dos mangues aos montes para que completem
Quem vem cá de cantar o amor, minha paz informar, sossegar
Eu vim lá
Eu vim lá do nordeste
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê lê lê lê lê lê
Dundê dum dei oi dun denga dun dun denga dei dum doi oi
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê lê lê lê
Dundê dum dei oi dun denga dun dun denga dei dum doi oi
Dundaum dum dê
Dundaum dum dê
Dundaum dum dê
Dundaum dum dê deiê de dum dê dê dê
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê lê lê lê lê
Oh oh dei ô