Ouvi dizer
Que São Paulo é o túmulo do samba
Que aqui não existe cabroche nem bamba
Cabrocha!
Que o nosso samba não tem sensação
Se me disseres
Que o meu samba não tem à mandinga
Não tem balando ou então não tem ginga
Eu lhe respondo não é isso não
São Paulo é o celeiro do samba
Vendendo e exportando samba
À vista ou à prestação
São Paulo é o celeiro do samba
Vendendo e exportando samba
À vista ou à prestação
São Paulo vende tudo
Lá no bom retiro ou na 25
É de marco, abril e mesmo fevereiro
Saindo com os seus sambas
Em enredos tantos
E os palcos se abrem
Pra mostrar mistura de todas às raças
Que trabalham muito mas que vão cantando
E vendendo samba
À vista ou à prestação
São Paulo é
Celeiro do samba
São Paulo de Miriam batucada
E também, de Adoniran
São Paulo, celeiro do samba
É de Paulo Vanzolin
São Paulo é, também de muá
Querida Henriette
Esse samba é um chiclete
Mais que nobreza
Da realeza
Muita grandeza
Se me disseres
Que o meu samba não tem à mandinga
Não tem balando ou então não tem ginga
Eu lhe respondo não é isso não
São Paulo é o celeiro do samba
Vendendo e exportando samba
À vista ou à prestação
São Paulo é o celeiro do samba
Vendendo e exportando samba
À vista ou à prestação
São Paulo vende tudo
Lá no bom retiro ou na 25
É de marco, abril e mesmo fevereiro
Saindo com os seus sambas
Em enredos tantos
E os palcos se abrem
Pra mostrar mistura de todas às raças
Que trabalham muito mas que vão cantando
E vendendo samba
A vista ou a prestação
São Paulo é, celeiro do samba
São Paulo, é
São Paulo, celeiro do samba
São Paulo é, celeiro do samba
Aí, cabrocha
Das etnias
Vem cabroche
Nessa moeira a negritude nos reluz
Tom, com Henriette
Negros brancos e pretos
Só pra vocês
Sempre pra vocês
Negros brancos e pretos
Celeiro