Menina má foi cristã
Que nasceu naquele dia
Criou-se com formosura
Não tinha sabedoria
Mas caiu numa desgraça
Que bolou naquele dia
Nasceu de nove meses
Bateu no bucho da mãe
Quando o pai passou a mão
Deus do céu não estranhe!
Cuidado com essa peste
Antes que ela lhe arranhe
No dia em que nasceu
Ja era de madrugada
A lua, passou por longe
E o pai ja na estrada
Mas o galo não cantou
Menina amaldiçoada
Assim, cresceu a menina
Com pompas e bem gorducha
As pernas largas e compridas
A boca maior que a bunda
Sua língua nos mostrou
Seu jeito de vagabunda
Menina pirou seu pai
Não lhe teve lealdade
Morava naquela casa
Sem amor, sem piedade
Mas um dia lhe pegou
Difamou pela cidade
Difamou pela cidade
Difamou pela cidade!
O Mar estava bem calmo
Vinha um cara lá na rua
Disse: Deixa eu passar?
Falou: A vida é tua!
Menina, disse pro pai
Você hoje está na rua
O pai já percebendo
Tentou não ser afogado
Menina, seu pau sofrendo
Não liga nenhum bocado?
Falou e disse ao seu pai
Quero te ver condenado!
Menina má e namorado
Fizeram de tudo, e um bocado
Parecia indiferente
Ter arruinado
A vida daquela gente
Pai e mãe são pré-julgados
O pai da menina má
Comprou comida a tardinha
Deixou a menina em casa
Quando voltava, ela vinha
Pois a mãe chorava muito
Olha que filha daninha?
O pai da menina má
Com medo saiu de perto
Falou pra menina em casa
O que se faz não é certo!
Menina chamou à todos
Agora, invejou um sequestro!
Inventou um sequestro!
O pai já preocupado
De casa saiu correndo
Família desesperada
Todos ali sofrendo
Menina falou assim
Prove do meu veneno!
Menina falou de novo
Das suas fantasias
Muto amedrontada
Na face, heresia
Mas o pai falou assim
Que mente doentia?
Disse a menina má
Não amo o meu pai!
Ochente, você não sabe?
Onde cê for ele vai
Menina assim, falou
Agora, a casa cai
A casa cai
A casa cai!
O quê?