No flete do meu cantar
Não tem marcas, nem sinais
Não faz tropilha com outros animais
Larga pelinchos que não tem iguais
Pra não andar repontado em tropas
Botei-lhe balda quando redomão
Pra matrerear e não dar a mão
Vir no bornal só quando eu der ração
Um aperos trançado a caprichos
Pelas mãos do meu velho tata
Tirei calhandra do capão na mata
Com os luzidos passador de prata
De venta aberta trocou a orelha
Quando um brasino apartou-se do gado
Berrando quase ajoelhado
Lambeu o sangue do irmão sangrado
Empinou-se quis virar pra trás
Quando a res anunciou o mau
A dor da faca no outro animal
Sentiu nos berros naquele ritual
No flete não usava esporas
Chupava o beiço estalava o relho
Tirava boi na barbela do freio
E naquele dia não entrou no rodeio