Os que moram Do outro lado do muro Nunca vão saber O que se passa no subúrbio Eles te consideram Um plebeu repugnante Eles te chamam De garoto podre
Garoto podre Garoto podre
Se está desempregado Te chamam de vagabundo Se fizer greve, te chama de subversivo Te chamam de subversivo Mas se arrumar emprego Não lhe dão dignidade Apesar do sujo macacão E do rosto suado, e do rosto suado
Garoto podre Garoto podre
Não há nenhum Deus Que nos perdoe Não temos destino para nós não há futuro, para nós não há futuro Vivendo acossados Pelos batalhões Proletários escravizados Destinos abortados, destinos abortados