- 1
Francisco Vargas - Gaúcho Sincero
- 2
Francisco Vargas - Cusco Amigo
- 3
Francisco Vargas - Xucro de Berço
- 4
Francisco Vargas - Tapera
- 5
Francisco Vargas - Cavalo Velho
- 6
Francisco Vargas - Cuiudo do Alegrete
- 7
Francisco Vargas - Dando a Mão Pra Mulherada
- 8
Francisco Vargas - Recordando a Infância
- 9
Francisco Vargas - Tropeiro dos Pampas
- 10
Francisco Vargas - Vermelho Cabeçudo
- 11
Francisco Vargas - Obrigado Velho Pai
- 12
Francisco Vargas - Velho Candeeiro
- 13
Francisco Vargas - Cabeça Erguida
- 14
Francisco Vargas - Coice no Saco
- 15
Francisco Vargas - O Valor Que A Mulher Tem
- 16
Francisco Vargas - Pealo de China
- 17
Francisco Vargas - Te Deixei Trovando
- 18
Francisco Vargas - Casamento a Moda Antiga
- 19
Francisco Vargas - Cavocando Rimas
- 20
Francisco Vargas - China Falsa
- 21
Francisco Vargas - Coisas Que Nunca Vi
- 22
Francisco Vargas - Fracassar Pra Que?
- 23
Francisco Vargas - Fui Eu Que Fiquei Trovando
- 24
Francisco Vargas - Mordendo a Perna do Freio
- 25
Francisco Vargas - No Lombo Bagual do Verso
- 26
Francisco Vargas - Novo Encontro Com o Surdo
- 27
Francisco Vargas - Rei do Volante
- 28
Francisco Vargas - Sinto Orgulho de Ser Grosso
- 29
Francisco Vargas - Sou Assim Na Vida Real
- 30
Francisco Vargas - Tem Um Gato Me Tenteando
- 31
Francisco Vargas - Amigo
- 32
Francisco Vargas - Coice e Relincho
- 33
Francisco Vargas - Engenheiro Sem Diploma
- 34
Francisco Vargas - Grosserias da Fronteira
- 35
Francisco Vargas - Homenagem Ao Dr. Luiz Carlos Garcez
- 36
Francisco Vargas - Homenagem ao Rei da Trova
- 37
Francisco Vargas - Já Está Solto O Meu Cuiudo
- 38
Francisco Vargas - Na Campanha Eu Sou Feliz
- 39
Francisco Vargas - Neste Baile Tem Respeito
- 40
Francisco Vargas - Poeta de Alma Pura
- 41
Francisco Vargas - Rei da Grossura
- 42
Francisco Vargas - Rei Dos Baguais
- 43
Francisco Vargas - Saudando As Mães
- 44
Francisco Vargas - Sinto Orgulho do Que Sou
- 45
Francisco Vargas - Veneno de Sogra
Velho Candeeiro
Francisco Vargas
Enchi de sebo do rim do tambeiro
Botei pavio e fiz uma vela
Que, na campanha, se chama candeeiro
Sobre a carreta, ilumina a panela
Onde eu preparo o velho carreteiro
Penduro ele sobre o recavém
O arroz seca, eu ajeito o café
Candeeiro velho que clareia bem
Feito da goela d'um boi Jaguané
Tu já clareastes o rancho de alguém
De pau-a-pique, barro e Santa-Fé
Tu já clareastes o rancho de alguém
De pau-a-pique, barro e Santa-Fé
O vento sopra e tu acende mais
Mostra a macega onde o bicho deitou
Foi lamparina do' meus ancestrais
Muitos fandangos tu também clareou
Os tempos idos te deixou' pra trás
Porque a evolução nos iluminou
Lá na campanha não é mais usado
E a juventude inté' nem te conhece
Tareco velho num galpão guardado
No passar dos anos, num canto apodrece
Por este poeta, tu fostes lembrado
Nossa homenagem, o candeeiro merece
Por este poeta, tu fostes lembrado
Nossa homenagem, o candeeiro merece
Te desprezaram, rico traste antigo
Que, no passado, nos servistes tanto
Vim te provar que sou teu bom amigo
Em teu louvor, esses versos que canto
Deixa o galpão, vem clarear meu jazigo
Quando eu partir lá pro campo santo
Não sou nervoso e nem sofro de trauma
Nas horas brabas, eu sempre fui forte
Candeeiro velho, por favor, te acalma
Tu não te apaga nem com vento norte
Eu te escolhi pra iluminar minh'alma
Quando chegar o dia da minha morte
Eu te escolhi pra iluminar minh'alma
Quando chegar o dia da minha morte