Se hoje tá assim, imagina o amanhã
Amanhã do amanhã de amanhã
Cria criatura
Tá tudo de perna pro ar
Um rio de merda como veia aberta
É pega, pega, pega, pega pra capar
Um rio de merda como veia aberta
É pega, pega, pega, pega pra capar
Cria criatura
Tá tudo de perna pro ar
Um rio de merda como veia aberta
É pega, pega, pega, pega pra capar
Viatura dita o medo
Na moldura retrocedo
De censura vive o medo
Criatura, surto cedo
Salva eu, salva eu
Não consigo respirar
Moro numa caixinha de fósforo
Salva eu, salva eu
Não consigo respirar
Moro numa caix–
O dia oferece a maçã de café da manhã
É alegria na mesa com clonazepam
Salva eu, salva eu
Não consigo respirar
Um rio de merda como veia aberta
É pega, pega, pega, pega pra capar
Cria criatura
Tá tudo de perna pro ar
Um rio de merda como veia aberta
É pega, pega, pega, pega pra capar
Viatura dita o medo (medo de sair)
Na moldura retrocesso
De censura vive o medo (medo de cair)
Criatura, surto cedo
Na ferida, eu meto o dedo
Lá do muro, sinto o cheiro
Não murmuro, emparedo
Rachadura, racha o medo
Se hoje tá assim, imagina o amanhã
Amanhã do amanhã de amanhã
Cria criatura
Tá tudo de perna pro ar
Um rio de merda como veia aberta
É pega, pega, pega, pega pra capar
Salva eu, salva eu
Não consigo respirar
Salva eu, salva eu
Não consigo respirar
Moro numa caixinha de fósforo