Caí na vida para tocar
As rugas de um rosto que nunca vi
E nesse meu desterrar um sabiá me distraiu e eu voei
Seu assobio me arrastou pro mar
Lá o batuque me fez ferver
Disse que pra tocar quiçá
É uma boa renascer e ver o de cá. (a o a e a)
Foi em Olinda com uns mineiros
Se aprochega uma nuvem preta
Que também ia ao festival
Mal sabia eu, que a cidade vinha regando
Um coqueiro no seu quintal
Se é pra se molhar, chuva lava eu
Canto em português hermano meu
Se é pra se molhar com água e suor
Pulo no lamaçal sem dó
Perdi pra lama meu RG
Entre os axé e os paranauê
Num auê sem fuzuê
O côco foi me benzê
Barro no cacho, cachaça no bafo
O passo já torto e um abraço em quem nunca vi
Pontada no baço, chalaça na praça
A madruga se passa e um abraço quem nunca vi
Se é pra se molhar, chuva lava eu
Canto em português hermano meu
Se é pra se molhar com água e suor
Pulo no lamaçal sem dó
Perdi pra lama meu RG
Entre os axé e os paranauê
Num auê sem fuzuê
O côco foi me benzê
Barro no cacho, cachaça no bafo
O passo já torto e um abraço em quem nunca vi
Pontada no baço, chalaça na praça
A madruga se passa e um abraço quem nunca vi
Saí sem norte no encalço da sorte
O acaso no bote ao lado de quem nunca vi
Se é pra se molhar, chuva lava eu
Canto em português hermano meu
Se é pra se molhar com água e suor
Pulo no lamaçal sem dó