Você diz que eu tenho
A vida boa e folgazã,
Que passo a noite em claro
E só me deito de manhã,
E vive condenando o meu sistema
De ir ao cinema
E passar a vida a esmo.
E diz que eu é que sei gozar a vida
Enquanto sua vida
É uma vida aborrecida.
Não dê azar no meu modo de viver.
Se você quer ter prazer
Não tenha medo e faça o mesmo!
Faça o mesmo
Que eu também já fui assim
Passei uma vida apertada,
Parada, cansada.
Mas depois, pobre de mim,
O que foi que eu arranjei:
Nada!