Enquanto assisto as estrelas estendidas a noite
E o vento entre as escurecidas copas das árvores rodopia
Eu lentamente distorço minhas frias características
Em pesar, em tristeza e em angústia
Em pesar, em tristeza e em angústia
Eternamente em solidão!
(Eternamente eu vejo, eternamente eu ouço
Eternamente eu cheiro, eternamente eu degusto
E para sempre eu sinto a solidão)
Nenhuma voz, nem mãos de origens humanas
Podem me alcançar neste lugar
Contudo figuras caídas passam perto
E me convidam para a dança sombria
Esta dança sombria
Fria e desolada minha alma torna-se cinza
E sozinho eu contemplo o dia sem fim
Meus sonhos devastados jazem silenciosos e mortos
Dentro dessas lágrimas escuras que eu derramo
Estas lágrimas escuras que eu derramo
Eternamente em solidão!
Tão solitário eu permaneço nesse penhasco torturado
Ouvindo distantes ecos cósmicos chamando
Acenam-me para abandonar esta beleza esfacelada
E deixar esta mentira para cumprimentar a noite
A noite sem fim
(A solidão)
Esta vida solitária
Talvez eu devesse acabar com tudo
Sim, eu deveria acabar com tudo!