Levantou às três da manhã de uma qualquer-feira
Acendeu a espiriteira pro café
Todo dia é assim antes do Sol
Banho, barba e duas doses de diclofenaco e paracetamol

Separou sete moedas pra Ogum
E rogou pra turma do trecho um dia bom
É a lida ali na 116
Lona preta, placa, aceno
Um ponto de chapa com ele e mais três

Vem carvão, cloro e cal
Vem feijão, vidro e sal
Vergalhão, vem sisal, aço e flor
Vem a bolha, a fratura, a torção
Cervical, inguinal, vai a mão
Vem o corte no ombro mais forte
Que opõe toneladas ao chão
O açoite é a paga do país

É a lida ali na 116
Fim do dia, mais ou menos
Cenzinho partido entre ele e mais três

Vem carvão, cloro e cal
Vem feijão, vidro e sal
Vergalhão, vem sisal, aço e flor
Vem a bolha, a fratura, a torção
Cervical, inguinal, vai a mão
Vem o corte no ombro mais forte
Que opõe toneladas ao chão
O açoite é a paga do país

É a lida ali na 116
Fim do dia, mais ou menos
Cenzinho partido entre ele e mais três

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