1. 1

    Diabo na Cruz - Dona Ligeirinha

  2. 2

    Diabo na Cruz - Vida de Estrada

  3. 3

    Diabo na Cruz - Os Loucos Estão Certos

  4. 4

    Diabo na Cruz - Lengalenga

  5. 5

    Diabo na Cruz - Luzia

  6. 6

    Diabo na Cruz - O Regresso Da Lebre

  7. 7

    Diabo na Cruz - Terra Ardida

  8. 8

    Diabo na Cruz - Balada

  9. 9

    Diabo na Cruz - Corridinho do Verão

  10. 10

    Diabo na Cruz - Ganhar o Dia

  11. 11

    Diabo na Cruz - Chegaram Os Santos

  12. 12

    Diabo na Cruz - Forte

  13. 13

    Diabo na Cruz - Fronteira

  14. 14

    Diabo na Cruz - Roque da Casa

  15. 15

    Diabo na Cruz - Tão Lindo

  16. 16

    Diabo na Cruz - Bico De Um Prego

  17. 17

    Diabo na Cruz - Bom Tempo

  18. 18

    Diabo na Cruz - Bomba Canção

  19. 19

    Diabo na Cruz - Canção Do Monte

  20. 20

    Diabo na Cruz - Casamento

  21. 21

    Diabo na Cruz - Combate Com Batida

  22. 22

    Diabo na Cruz - Dom Fuas Roupinho

  23. 23

    Diabo na Cruz - Fecha a Loja

  24. 24

    Diabo na Cruz - Malhão 3.0

  25. 25

    Diabo na Cruz - Memorial Dos Impotentes

  26. 26

    Diabo na Cruz - Moça Esquiva

  27. 27

    Diabo na Cruz - Ó Luar

  28. 28

    Diabo na Cruz - Pioneiros

  29. 29

    Diabo na Cruz - Portugal

  30. 30

    Diabo na Cruz - Procissão

  31. 31

    Diabo na Cruz - Saias

  32. 32

    Diabo na Cruz - Sete Preces

  33. 33

    Diabo na Cruz - Siga a Rusga

Saias de roda bordadas
Por baixo escondem meias
Meias de irmãs solteiras
Que rodam nas paradas
Descem a rua a sorrir cansadas
Mulheres bonitas e feias
O bom dos verões é o desfile das saias
Que tornam vilões os amigos das catraias
Sais vistosas, travadas
Saias passeadas e corridas
Saias a girar com o vento a entrar
Agarram-se aos punhos das camisas

Saias levantadas
Roda em meia volta
Cintura solta
E o baile a ir, a ir e a rodar meia volta
Uma volta p'ra acabar

Saias da roda de amigas
À noite são sirenes
Razões de amores perenes e querelas antigas
Vão aos salões onde nascem brigas
Treinar entradas solenes
Rapazes sãos viram loucos a ver saias
Que rodam nas mãos de dianas e soraias

Encontrei-te em junho de 93
O teu número era só ligar
E talvez pudesse ser o teu par
Par, par, par, par
Não fosses as saias, as outras saias
Saias de aventuras
Lições duras de aprender
Quando não se sabe bem o que se quer
E a mulher, é um mistério, a que se escapam
Entre saias e saias e saias
Saias curtinhas e compridas
Saias a girar com o vento a entrar
Na roda de danças explosivas
Saias de roda, rodadas
Saias campinas e urbanas
Batem quarteirões, ateiam emoções
Nas cintas de soraias e dianas
Saias levantadas, roda e meia volta
Cintura solta
E o baile a ir, a ir e a rodar
E a roda a andar, a andar e a esculpir
Uma esquina de revolta
Meia volta, uma volta p'ra acabar

É ver p'ra acreditar
É ver p'ra acreditar
É ver p'ra acreditar
É ver p'ra acreditar

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