- 1
Deolinda - Parva Que Eu Sou
- 2
Deolinda - Seja Agora
- 3
Deolinda - Fungaga da Bicharada
- 4
Deolinda - Um contra o outro
- 5
Deolinda - Movimento Perpétuo Associativo
- 6
Deolinda - Que Parva Que Eu Sou
- 7
Deolinda - Fado Toninho
- 8
Deolinda - A Problemática Colocação de Mastro
- 9
Deolinda - Fon Fon Fon
- 10
Deolinda - Passou Por Mim e Sorriu
- 11
Deolinda - Ai rapaz
- 12
Deolinda - Quando Chega o Natal
- 13
Deolinda - Bons Dias
- 14
Deolinda - Bote Furado
- 15
Deolinda - Mal por mal
- 16
Deolinda - Quando Janto em Restaurantes
- 17
Deolinda - A Avó da Maria
- 18
Deolinda - Canção ao Lado
- 19
Deolinda - Corzinha de Verão
- 20
Deolinda - Lisboa não é a cidade perfeita
- 21
Deolinda - Musiquinha
- 22
Deolinda - Patinho de Borracha
- 23
Deolinda - Algo Novo
- 24
Deolinda - Bom Partido
- 25
Deolinda - Fiscal do Fado
- 26
Deolinda - Não Sei Falar De Amor
- 27
Deolinda - Alvalade e As Portas de Benfica
- 28
Deolinda - As Canções Que Tu Farias
- 29
Deolinda - Berbicacho
- 30
Deolinda - Contado Ninguém Acredita
- 31
Deolinda - Desavindos
- 32
Deolinda - Eu Tenho um Melro
- 33
Deolinda - Fado castigo
- 34
Deolinda - Fadout
- 35
Deolinda - Garçonete Da Casa De Fado
- 36
Deolinda - Há Dias Que Não São Dias
- 37
Deolinda - Manta Para Dois
- 38
Deolinda - Não Tenho Mais Razões
- 39
Deolinda - O Fado Não é Mau
- 40
Deolinda - Pois Foi
- 41
Deolinda - Quem Tenha Pressa
- 42
Deolinda - Sem Noção
- 43
Deolinda - A Velha e o DJ
- 44
Deolinda - Cançao Aranha
- 45
Deolinda - Canção Da Tal Guitarra
- 46
Deolinda - Clandestino
- 47
Deolinda - Concordância
- 48
Deolinda - Entre Alvalade e as Portas de Benfica
- 49
Deolinda - Fado Notário
- 50
Deolinda - Gente Torta
- 51
Deolinda - Há-de Passar
- 52
Deolinda - Ignaras Vedetas
- 53
Deolinda - Mau Acordar
- 54
Deolinda - Não Ouviste Nada
- 55
Deolinda - Se Uma Onda Invertesse a Marcha
- 56
Deolinda - Uma ilha
Passou Por Mim e Sorriu
Deolinda
e a chuva parou de cair,
o meu bairro feio tornou-se perfeito,
e o monte de entulho, um jardim.
O charco inquinado voltou a ser lago,
e o peixe ao contrário virou.
Do esgoto empestado saiu perfumado
um rio de nenúfares em flor.
Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!
No metro, enlatados, corpos apertados
suspiram ao ver-me entrar.
Sem pressas que há tempo,
dá gosto o momento,
e tudo mais pode esperar.
O puto do cão com seu acordeão,
põe toda a gente a dançar,
e baila o ladrão,
com o polícia p'la mão,
esvoaçam confetis no ar.
Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!
Há portas abertas e ruas cobertas
de enfeites de festas sem fim,
e por todo o lado, ouvido e dançado,
o fado é cantado a rir.
E aqueles que vejo, que abraço e que beijo,
falam já meio a sonhar,
se o mundo deu nisto e bastou um sorriso,
o que será se ele me falar.
Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!
Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!