Atrás dos meus olhos cavalguei nesta estrada Sem nunca indagar-me sobre o que perseguir... Precisou um sabiá sentar no meu ombro, E retirar o escombro para eu me sentir!
O sol já poente tocou a janela, Convidando a um passeio no céu que encobri, Emprestou-me suas asas o sabiá viageiro, E saí mundo afora sem demora de ir!
Andei no infinito das canções que escrevi, Pude ver a leveza que um poeta experimenta; Misturei-me às nuvens sem deixá-las cair, Voando nas frases que a alma arrebenta!
Meus olhos que viam tão claro o momento, Embaçaram o espelho com gotas de amor, O céu já vermelho me deu o firmamento E me vi abraçado com o sabiá e o cantor