Eu me baseio no que eu crio e eu navego em rios sempre puros, limpos e vívidos
Não tem fim, nem precipícios
Feita de princípios místicos e astros bíblicos
Sentimento e livre arbítrio
Sangue, suor e frio
Sorte, azar e sete mil caminhos estreitos, longos
E ainda me esquivo dos problemas em dias frios
Pra tentar sentir na pele o alívio de não ter que preocupar com o que não controlo e diversifico
Pra ficar sempre a frente, sempre incrível
Me precipito
E isso corrói um pouco mas me reconstruo e me edifico
Jamais seria um edifício vazio
Me encho de mim mesma e me glorifico
Que assim seja aiah
Ah ah ah
(Que assim seja haiah)
Haiah haiah
(Que assim seja haiah)
Minha visão é televisionada
Mas é telescópica, micro, macro
Vejo em ondas de outra orbita
Vejo cobras soltas fazendo a dança ao som de poemas em linhas tortas
E cores duvidosas, teclas
Pouca roupa, te batizo com a saliva da minha boca
E eu saio de fininho
Deixando rastros e só me seguem os lindos e os sábios
Porque sabe que eu não nado em raso
Causo estragos nada artificiais e nem baratos
Yeah yeah
Eu que te entreguei o baralho a flecha e os arcos
Consequência dos atos
Dos danos e quando eu olho eu te transformo e me transmuto pra mais um desafio insano
Eu volto pra coisas que nem foram ditas porque
Dito o que vai ser dito eu que sou o mito
Hoje dados não são datados nem são batidos
Documento tudo em foto em vídeo
Alfabetizada na língua de anjos profanos
Aprendi a andar em labirintos escuros, mas nem tanto
Cheio de tortura, vícios e muito ranço de quem não vive o que prega e prega na cruz quem paga o preço
Não é fácil ter, não é fácil ser
Quem eu quiser
Não é fácil uuh