Correndo feito animais
Nos muros deixamos sinais
De que a cidade é nossa
Ninguém pode nos parar
Skates na perimetral
Delinquência em meio ao caos
No concreto sujo
Cicatrizes vão contar
Que amigos nunca vão mudar
E se o relógio parar
Respeito é tudo e nada importa mais
Ossos quebrados pra relembrar
Que o mundo era nosso quintal
Pra divertir o lado mal
Do fliperama ao velho canal
Nossas memórias vão ficar
"Somos locais" é nossa lei final
Sentados no fundo do bar
Nenhum motivo pra brindar
Além de estarmos vivos
Antes de tudo acabar
Sem futuro, Sem pensar
Regras feitas pra quebrar
Em cada inconsequência
Alguma história pra contar