Tu, que envolves tudo em alegria juvenil
E vês na lua mil figuras desiguais
E ouves canções emoldurando o céu de anil
Foge de mim
Não te detenhas a olhar
Os ramos velhos do rosal
Que vão murchando sem dar flor
Olha a paisagem do amor
E a razão para sonhar, e amar
Eu, que lutei tanto contra a inveja e maldição
Sinto essas mãos enfraquecidas a sangrar
Que já não podem te apertar
Foge de mim
Serei o que houve de melhor
Doce lembrança em teu viver
Quando puderes me esquecer
Como o poema que é melhor
E não podemos recordar