Eu jogo tanto GTA que já me podias chamar Tommy
Fico bandido tipo Clyde só me faltava a Bonnie
vicio na PS pa não me render à telemetria
já nem causa irritação passou para apatia
vida privada tornada pública a nova pornografia
dísponivel em horário nobre todo o santo dia
em tempos de competição feroz, a tv é o algoz
que mais cabeças corta, o nivel é atroz
objectivo é ser famoso não é ser bom naquilo que faz
ninguém quer ser genial, ninguém quer ser capaz
não é preciso ter talento, apenas um palmo de cara
quando há castings para bandas ninguem sequer repara, yo
Refrão
dá-me o jogo tipo tommy
dá-me um jogo tipo
dá-me um jogo tipo tommy
e eu flipo
dá-me o jogo tipo tommy
dá-me o jogo tipo
dá-me o jogo tipo tommy
e eu flipo
(X2)
Pára para pensar em quem se decide idolotrar
São gigantes com pés de barro, bombas-relógios prestes a estourar
beldades subdutadas começam na novela
e depois de um mês de trabalho ou caralho tão na grande tela
eu recuso-me a entrar no esquema desculpa lá o mau jeito
de mim não levam chavo muito menos o meu respeito
chama-lhe o que quiseres, chama-lhe preconceito
eu chamo-lhe justiça, direito a preceito
mais um ano e outra vez repetimos os mesmos erros
os nossos sentidos tendem a ficar cada vez mais perros
não há informação, há dramatização
lagrima facil no olho, dinheiro limpo na mão e indução da maralha em melodrama de cordel
quem comeu, quem bebeu, quem fodeu mais papel?
É assim que se quer, toda a noticia de abertura
assim se cria e destroi, é tudo sol de pouca dura
não confio num pintelho do que me entra pelos olhos
já não há pão, só há circo, e esse há aos molhos
nem sequer é estranho chamar big brother a um programa
nesta estranha sociedade que adora tar na lama
ironia do destino, espécie de justiça poética na mentalidade do povo que se quer anorexica
Refrão